sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O amador - por Vitor Rezende Jiumonji (o Japa)


Você se considera um amador? Pode ser uma pessoa cheia de amor para dar, como pode ser uma pessoa novata no que faz, tanto um, quanto o outro se sentem perdidos dentro de um mundo que pensa ser desconhecido, e quando menos se espera... Pá, pronto agora você deixou de ser um amador e pimba agora você é um amado. Quando, já acostumado com a situação, percebe-se que a experiência que se tinha já não é tão grande e o amor que tinham por você parece estar se dissipando, no meio de tantas mudanças mentais e sentimentais, o maior sentimento se mostra verdadeiro.

A Dúvida, comumente, é “maior” e de cara mostra sua força, como uma demência, ela instiga seus sentimentos. Inclusive, o Duvidoso, com isso ela se multiplica exponencialmente, os fortes saem do buraco antes de serem consumidos pela própria mente, os fracos são consumidos e possuídos por tal ser desconhecido.

Ambos amadores possuem a mesma postura: observadores, pensadores, cautelosos e seu maior feito é se julgar inferior, não que esteja errado, o fato de se julgar inferior de uma certa forma o torna inferior, e embora a duvida sobre este conceito não seja concreta uma de suas maiores características se apresenta aqui, o poder da “demência”.

E em um mundo de dúvida vivemos o prazeroso; qual seria a graça se soubéssemos quem nos ama e a quem devemos amar? A duvida, assim como o proibido, torna o prazer da vitoria mais saboroso, assim como o da derrota, mais amargo, criando um “desvio padrão” de emoções. Nos perdemos tentando entender este complexo. No fim entendemos, mas não compreendemos que nós mesmos somos o maior poço de duvida, e sem sombra de duvida a única certeza que temos é que de uma ou de outra forma... somos amadores.