domingo, 31 de maio de 2009

Entre o arriscar e o amar

Medidas extremas se fazem necessárias todos os dias. Sejam elas, no trabalho, na escola ou na vida. Arriscar é uma delas. Ou melhor, aprender a arriscar. Às vezes é díficil arriscar, mesmo porque correr o risco é sempre uma coisa complicada. O risco no amor é enigmático, você entra de cabeça numa situação adversa para aquele momento da sua vida, e acaba ficando perdido em meio a tantas situações diferentes. E quando eu digo situação adversa, é porque ninguém planeja amar, simplesmente acontece. O mais comum, é acontecer, quando você menos espera. Aprender a arricar, é interessante. Aprende-se muito arriscando. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.Aprende que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não sabe amar. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma seriedade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. E nesse aprendizado, descobre que você realmente pode suportar tudo que a vida lhe impõe, porque você é forte, e pode ir além, mesmo depois de pensar que não poderia. Tudo na vida tem valor, e toda pessoa tem valor diante da vida. Todas as pessoas que passam por você tem valor na sua vida. Porém, há vezes em que nossas dúvidas nos traem e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, não fosse o medo de tentar. E quando arriscamos, tudo muda. Às vezes temos medo desta mudança. Não gostamos, temos medo dela. E acabamos por parar à beira de um abismo: ou nos adaptamos a esta mudança, ou ficamos para trás. O pior mesmo, é que tem coisas que quanto mais elas mudam, mais ficam iguais. Você passa por tantas situações em que pensa que o que estava fazendo estava errado, que no final, você acaba descobrindo que aquilo era o certo a se fazer. Algumas vezes, a mudança é boa. E algumas vezes, a mudança é tudo. O impacto de arriscar e mudar a rotina da sua vida, é algo que não devemos nos preocupar. E escrever sobre isso é muito díficil. Para mim, e creio, para todos. Como numa tempestade perfeita, arrisquei, apostei alto, e tudo mudou. Se para melhor, ainda não sei. Fico sempre na expectativa de que aquilo o que eu tenha feito, ou não tenha feito, seja o certo. E não importa o que você tenha feito, simplesmente não desista. Arrisque sempre que achar necessário. Porque? Porque se há amor nesta situação, tudo vai ser perdoado. Afinal, "o amor é o único meio de assegurar a verdadeira felicidade, tanto neste mundo como no vindouro. O amor é a luz que guia nas trevas, o elo vivo que une Deus ao homem, que torna certo o progresso de cada alma iluminada. O amor é a maior lei que governa este ciclo poderoso e celestial, o poder sem igual que liga os diversos elementos deste mundo material..."

domingo, 24 de maio de 2009

Quando o futuro toma forma

Quando alguma coisa começa, geralmente não temos a menor idéia de como vai terminar.
A casa que você venderia, seu torna seu lar. Os colegas que você foi forçado a compreender,
se tornam sua família. E o lance de uma noite só, que você estava determinado a esquecer,
se torna o amor da sua vida. A verdade é que, mesmo que mentindo sobre isso, passamos toda a nossa vida nos preocupando com o futuro. Fazemos planos. Tentamos prever o futuro. Como se desvendá-lo fosse aliviar o impacto que ele teria ou terá em nossas vidas. Mas o futuro está sempre mudando. O futuro é o lar dos nossos medos mais profundos. E das nossas maiores esperanças. Mas uma coisa é certa. Quando ele finalmente se revela, nunca é da maneira que imaginamos. Nunca mesmo. Às vezes, as pessoas passam tempo demais focadas no futuro. Planejando-o. Trabalhando em direção a ele. Quase sempre, em algum momento, estas pessoas começam a perceber que a vida está acontecendo agora. Não depois da faculdade, não depois do Carnaval. É isso, aqui e agora. Pisque e perderá. "você quer construir o seu futuro?". Vá atrás dele então. Faça o que for necessário. E se o necessário não for suficiente, tenha na cabeça que tudo que era possível foi feito. A vida é muito curta, para ficarmos lamentando que aquilo não aconteceu da maneira que queríamos. Não podemos fazer planos e simplesmente segui-los a risca. E quando errarmos, e quando por um motivo ou outro, desviarmos do percurso? Como voltaremos para o ponto aonde nos extraviamos? É impossível, eu sei, esquecer tudo o que já aconteceu. É difícil. Porém, isto não é necessário. Certa vez alguém me disse que é impossível esquecer um amor. Mesmo aquele que já terminou faz tempo. E hoje, eu concordo.
E mesmo que você diga. "Eu te amo." Às vezes, isto não é suficiente. Você acaba se irritando com a forma com que as coisas se tornaram e desabafa para quem quiser ouvir. "Ela me traumatizou." Mas a verdade é outra. "Ela chegou, mansa. Tomou conta, e tudo o que eu me lembro é que ela me fez a amar. E eu não posso, eu digo, eu não quero viver, ou melhor, eu não consigo respirar, sem você. " Porque esse é o momento, este é o meu plano. O meu objetivo. O futuro é incerto para todos, cabe a você decidir no presente, quais opções de futuro você terá. Faça um plano, tenha um objetivo. Trabalhe para conseguir, mas, de vez em quando, olhe em volta, e absorva. Porque é isso. Tudo pode desaparecer amanhã. E é melhor aproveitar enquanto pode, a se lamentar por nunca ter vivido.

domingo, 17 de maio de 2009

Enfim...sós?

Iluminado. Mágico. Especial. Você deve estar se perguntando o que aconteceu. Bem, esse foi o meu dia. 'O' dia. O dia em que eu a vi como nunca havia visto antes. De cores fortes, cabelo preso e olhar penetrante. A mais bela imagem em dias; a mais bela em uma multidão de pessoas que não eram interessante, não naquele momento. Nos encontrar foi fácil, logo no início, nos beijamos simplóriamente, e fizemos o normal; o que sempre acontece. Até onde eu sabia, aquela altura, nada mudaria. Pelo menos, não neste dia. Mas mudou, mudou tudo. E mudou pra melhor. Aconteceu! Uma declaração. Um gesto. Um momento. Um beijo. Em seguida, troca de carícias e olhares. Músicas, cantadas ao pé do ouvido, como se as mais belas letras fossem feitas para aquele momento. Ou para ela. Ou para nós dois. A verdade é que pensando friamente agora, cheguei em uma conclusão pra lá de estranha: nunca se sabe qual é o dia mais importante da sua vida. Não até ele acontecer. Você não reconhcee o dia mais importante da sua vida até que esteja no meio dele. O dia que você se compromete com algo ou alguém. O dia que você tem seu coração partido. O dia que você conhece sua alma-gêmea. O dia que você se dá conta que não há tempo suficiente, porque você quer viver para sempre. Esses são os dias mais importantes. Os dias perfeitos. E hoje, foi assim. Por que não existe vida sem amor. Nenhuma que valha, pelo menos. E quando a vejo, sempre me lembro, que no fim do dia, é tudo por ela. Sempre por ela. E com isso, mil pensamentos se afloram na minha cabeça. Pactos. É nisso que estou pensando. Selamos um pacto. Silencioso, onde nos comprometemos a manter as coisas na velocidade em que estavam, sem nenhuma pressão, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.



Dias assim, nos faz pensar em como é se sentir amado. De forma nua e crua, sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando(por um momento, achei que eu estava). Porém, sentir-se amado é muito mais que isso. É ver que ela lembra de coisas que você contou tempos atrás, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d’água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando?" Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. "Vem aqui e me beije." Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Pode até parecer que falando assim eu me sinto assim. Mas eu não sei. To curioso pra descobrir o que vem na sequência. O que me resta agora é me sentar, e pensar no futuro, onde enfim poderemos estar sós, e todas as palavras que escrevo sejam ditas para ela, e só para ela. Por que, de fato, eu te amo não diz tudo, e não basta. Nem para mim, e nem para ela.

domingo, 10 de maio de 2009

O encontro

Ele chega em casa, cansado. Acabou de chegar da rotina. E descobre que ela veio até a sua casa. Ela está linda, como a mais bela rosa num campo de roseiras vermelhas. Se destaca entre todos. De branco, irradia paixão e bom humor; características bem peculiares dela. Durante toda a noite ele faz de tudo, mas ela não dá brecha. Nem por um instante sequer. Pelo menos, não da forma que ele quer. Acaba que até rola uma ou outra palavra de carinho, mas na maior parte do tempo, o que acontece é uma sucessão de perguntas subjetivas como quando ela diz 'desde quando você quer isso?', e respostas exautadas como 'você? desde que te conheci.'. Realmente, nem tudo é tão fácil quanto parece (ou poderia) ser, tudo que ele quer mesmo é uma brecha, pra mostrar com quem ela está lidando.

Tudo bem, é complicado conseguir uma brecha quando se é deixado em segundo plano, mas a paciência é uma virtude que todos devemos ter, e a vida é assim. E por mais clichê que tudo isso seja, todos nós somos humanos. Que respiram, que amam. Que sentem, e sentem muito. Que vivem, cada um, a sua vida. "Vem", disse ele. Sempre na tentativa de mostrar pra ela que ele é como qualquer outro humano. "Qualquer um que sinto o que eu sinto. Mas venha e me diga que basta. Basta. Basta de se acomodar com as coisas como elas estão." Depois disso, todos dizem que ele ficou louco, na tentativa de o deixar pra baixo. "Fiquei louco sim", ele responde grosseiramente, "louco por ela". Nessa altura das coisas, talvez seja, para ele, impossível tentar esconder o que sente. Ele sabe que no final, tudo são lindas imagens; como se o mundo fosse perfeito. Ele sabe que o mundo é perfeito. Ao lado dela, ele sabe disso, por isso não desiste. Por que no final, acaba acontecendo um encontro do amor com um espelho. E esta imagem é tudo que ele quer, e ela tem nome: reciprocidade. Esta imagem está, sempre, lembrando que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. E nas palavras de Fernando Pessoa, ele segue a sua vida. Em busca de algo maior, em busca do que há de vir. Aguardando sempre este encontro.